quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Uma palmada no rabo...

... nunca fez mal a ninguem! É um facto!

(eu levei algumas e estou viva e inteira, apesar de me lembrar bem de algumas delas)

Mas a propósito da discussão que vai por aqui fiquei a pensar nisso.

Ontem num lanche com um grupo de amigas (uma com dois filhos, sendo a mais nova da idade da Guigas, eu a caminho da segunda filha, outra com o bonequinho de um mês - primeiro filho - e a outra prestes a dar a luz - também a primeira filha), a que tem mais experiência foi contando algumas histórias dos filhos (isto de ter mais calo depois dá nisso) e, às tantas fiquei a pensar: "bolas! como é que ela consegue não se passar da batatola!"

Tal como contei desta vez às vezes sinto-me a passar para o lado de lá e inevitávelmente salta-me a mão mais rápido do que estava à espera.

Já dei por mim  a acabar por pedir desculpa à Guigas porque realmente tenho consciência que exagerei. Já dei por mim a deitar-me com o coração no pescoço por achar que ela se deitou chateada comigo e de manhã quando for acordá-la ela não vai gostar de mim... Até agora ela tem acordado sempre minha amiga outra vez :) mas e se no futuro (quando ela tiver MESMO consciência) isso não acontecer???

Vai daí que, e porque a "discussão" está na blogosfera à grande não podia deixar de partilhar esta opinião (juro que um dia vou fazer um workshop desta rapariga) é que tem muito mais que ver com aquilo que eu gostava de fazer :)

Gostava de berrar baixo com a  Guigas
Gostava de não lhe berrar sequer
Gostava de não lhe levantar a mão vez nenhuma
Gostava de ser daquelas mães, tipo mãe do Ruca, que tem toda a paciência do mundo

Não sou!

E não me orgulho disso!



Há uns tempos a Guigas ficou de castigo na escola porque bateu numa menina da sala dela. Primeiro pensamento: Claro! Se eu lhe bater, ela vai achar que isso normal logo pode fazer isso aos outros... mais, se eu lhe bater posso ter moral para lhe dizer que ela não pode bater nos outros?

Se eu lhe perguntar: queres levar uma palmada? Ela diz logo que não e acalma-se (dentro dos possíveis) mas se eu lhe der a dita palmada sinto logo aquele peso de: oh não! Não era nada disto que eu queria...

E quando estou sózinha com ela, a desesperar, descabelada com ar de louca e chega o pai e ela é a pessoa mais dócil do mundo? Obedece a tudo o que ele diz, é uma querida. Aí sim, sinto-me a maior louca do mundo! LOL

Bem diz a minha amiga: é aquela bipolaridade!

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