terça-feira, 18 de julho de 2017

Amamentação - diz o pai

Sobre o tema "amamentação" confesso que não tenho muita opinião formada.
De todos os temas sobre "ter um filho", provavelmente este é daqueles em que tenho menos opinião e vou mais "a reboque" das opiniões da minha mulher.
Uma vez que ela própria foi aperfeiçoando a opinião que tinha sobre o assunto, à medida que partilha comigo o que sente, vai-me fazendo sentido.
De um ponto de vista prático acho que:
a) é do senso comum que a amamentação tem os seus benefícios: transmite anticorpos, é prático, está sempre pronto, não tem custos;
b) pode causar: alguma ansiedade nas mães quando não aumenta o peso, podem não se sentir à vontade para amamentar em qualquer lugar, "prende-as" aos filhos, não podendo ficar mais de X horas longe deles;
c) é a desculpa ideal para todos os pais: só a mãe está a dar de mamar. Eu não posso fazer nada!

Assim, aquilo que temos defendido ao longo destes recém-nascidos é que:
a) a mãe tenta sempre dar de mamar. No início, vê como corre, como vai nascendo e até quando é que apetece (à mãe e ao bebé) ser amamentado;
b) dependendo do período em que vão para a escola, vai-se introduzindo sopa, papas, suplementos. Foi diferente com todos e por motivos variáveis. Neste também será assim. O que é importante em todo este processo é que a mãe não sinta esse peso horrível chamado culpa, por deixar de amamentar e, por outro lado, que não queira continuar a amamentar "custe o que custar". Enquanto ambos se sentirem bem, vai-se continuando: uma vez por dia, ou duas, ou três.
c) somos completamente contra aquela teoria do "se eu estou acordada a dar de mamar, tu também ficas acordado a olhar para mim!". Na Margarida - que era a primeira - eu ainda fazia a parte de colocá-la a arrotar, quando ela mamava e eu estava "por ali". Mas com o aumento de filhos isso foi passando. A mãe dá de mamar e eu fico com as outras crianças. Ou a preparar o jantar. Ou a deitá-las. Ou a dormir... Porque de todas as vezes tem existido um acordo tácito (nunca negociado ou se quer conversado) onde quando as mais velhas acordam de noite, sou eu que vou ver o que se passa na esmagadora maioria das vezes. Quando é o bebé, a esmagadora maioria das vezes é a mãe que trata dele.

Para mim, enquanto pai, este é um ponto onde acho que o mais importante é que a mãe se sinta bem!


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